quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Guerra pela Paz


Guerra pela Paz

Tropas internacionais atuam em um dos países que mais sofre ataques
violentos no mundo


Por Fernanda Fioravanti Machado


Um dos maiores grupos extremistas do Afeganistão ainda é muito influente na região. Até hoje, acreditam que o saudita Osama Bin Laden foi um dos principais integrantes dessa aliança. O movimento islâmico extremista nacional conhecido como Talibã que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001 ainda aterroriza muitas cidades com seus ataques inesperados.


Porém, a Ong Afghanistan Rights Monitoring (ARM) foi criada no país para lutar pelos direitos humanos defendendo as vítimas civis das guerras. Depois do ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos no dia 11 de Setembro de 2001, a pressão para destruir o Talibã aumentou contando com a ajuda da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - para estabilizar e reconstruir o país mesmo que nem todos aceitem essa aliança.

Em uma entrevista feita por telefone por Graça Magalhães-Ruether, o diretor da ARM de Cabul, Ajmal Samadi, afirmou que a vida hoje é incomparavelmente melhor do que era há oito anos no Afeganistão, pois as pessoas que moram em regiões que são menos afetadas pelo terrorismo, conseguem criar uma estabilidade de se desenvolver, principalmente porque agora eles têm acesso à informação.


Para Samadi, 11 de setembro tem um significado muito complexo para os afegãos. Por um lado, a população lembra dos terríveis atentados nos EUA, mas por outro, foi a partir desse dia que a decisão de derrubar o Talibã foi reforçada. Ele afirma que a guerra foi importante, pois essa foi a única maneira de banir o regime ditatorial e que enquanto houver forças do Talibã e da al-Qaeda - organização fundamentalista islâmica internacional - planejando voltar ao poder, as tropas internacionais serão necessárias. Samadi diz que tanto a al-Qaeda quanto o Talibã tem potenciais destrutivos iguais pois não aceitam influências externas sobre assuntos islâmicos. A única diferença é que o Talibã existe só no Afeganistão, enquanto a outra é internacional.


Ele conclui, dizendo que a ARM existe mas não consegue controlar todas as cidades do país, portanto mais de 50% da população não tem um meio de vida. Em certas regiões, como no sul do Afeganistão, o Talibã continua dominando e se essa situação não mudar, a tendência é bater o recorde de mortes do ano passado – mais de três mil civis.

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