terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Pictures

Final de semestre é assim né.. Posta tudo o que fez pra facul! Hhahaha
Então vou postar as fotos que fiz pro trabalho de Fotojornalismo II.


MOEMA, SÃO PAULO, BRASIL, 23-11-2010; Parque Ibirapuera no plano baixo: esportes, lazer e diversão vista de um ângulo nem tanto comum. (Fotos: Fernanda Fioravanti Machado / UniFIEO Campus Vila Yara)








LUXO À DISPOSIÇÃO: AGORA FICOU FÁCIL


Por Fernanda Fioravanti Machado
Com a ideia de que dividir é sinônimo de multiplicar, a Compra Compartilhada continua se expandindo pelo globo e ganha maior atenção no Brasil
O sucesso internacional do Time Sharing ou Propriedade Compartilhada teve origem na Europa do Pós Segunda Guerra e consiste em um sistema no qual várias pessoas são donas de um único bem. Um grupo compra cotas individuais de uma propriedade e usufrui dela de forma exclusiva em um determinado período do ano em esquema de rodízio.
As casas de veraneio, helicópteros e veleiros já estão nos planos e pagamentos mensais de muitos brasileiros. Até o ano passado, muitos se assustavam com a ideia de passar seis semanas a bordo de um iate, com todo o conforto de um bilionário por míseros 2 milhões de dólares – um oitavo do preço original. Mas hoje, a maior novidade é a venda fracionada dos automóveis de luxo. Essa opção ainda não está disponível no Brasil, porém não vai demorar muito para que uma Ferrari chegue a custar 100 000 reais. “Em tese é uma proposta interessante e viável para se adquirir parte de um bem de elevado custo e/ou manutenção”, diz o ex gerente executivo de multinacional e atual consultor de empresas Herbert Kowalesky.  Por outro lado, ele afirma haver uma grande diferença entre esse tipo de compra no Brasil e nos outros países: “Essa é uma atitude com forte componente cultural. O brasileiro, de modo geral, é possessivo e exclusivista. Creio que a idéia de ‘dividir’ algo que goste muito ainda o perturba, mesmo sabendo que por aquele bem tenha pago somente a sua parcela.”
A compra compartilhada surgiu como uma alternativa econômica para aqueles que sonham com um imóvel de lazer, mas não possuem meios ou até interesse em adquiri-lo individualmente. Herbert, que possui um Trawler (barco utilitário) há três anos, afirma que compraria uma propriedade compartilhada “provavelmente uma embarcação, um imóvel de veraneio diferenciado”, mas “... de toda forma, continuaria com meu barco exclusivo”. 
O grande ponto de interrogação na cabeça dos compradores ainda continua sendo os possíveis problemas que podem surgir ao longo da compra e do período de utilização dos bens. Muitas perguntas lotam os e-mails das empresas brasileiras de Compra Compartilhada e um exemplo é a da HeliSolutions – pioneira na introdução de programas de propriedade compartilhada de aeronaves no Brasil – que assegura a todo o momento que em caso de indisponibilidade para vôo por qualquer razão ou manutenção, ninguém será afetado já que eles oferecem a cada cliente uma frota de aeronaves prontas para o uso imediato. 
E é com afirmações desse tipo e sempre colocando as condições para adquirir uma propriedade de maneira muito clara e simplificada que as empresas deixam até quem nunca pensou na possibilidade da compra, com vontade de solicitar a visita residencial de um de seus consultores. Renato Max Oliveira da Silva, Diretor de Arte da Agência 3WP, é um deles e afirma que além de ser a favor desse tipo de compra, não hesitaria em adquirir um carro esportivo se tivesse poder financeiro para isso. “Além do custo da compra ser menor, todos os custos de manutenção também seriam menores e eu não precisaria ter esse bem comigo o tempo todo”. 
Porém, o que preocupa não só os clientes desse sistema, mas também os estudiosos dessa facilidade, é se o Brasil - que foi classificado em junho desse ano como o 6° país mais violento do mundo – será capaz de lidar com tantos bens de luxo circulando em suas ruas e se todos os participantes serão transparentes o suficiente para não gerar nenhum tipo de conflito relacionado à compra ou ao tempo de uso. O consultor Herbert Kowalesky acredita que a Compra Compartilhada fará sucesso no país, mas “isso dependerá dos players que estiverem no negócio e como darão visibilidade ao mesmo, e também a seriedade demonstrada”. E para o diretor Renato Max, a possibilidade da violência nos estados aumentar é grande. “Acredito que terá sim mais problemas de roubo por ter mais carros nas ruas, mas acho que isso é um problema muito maior e mais complexo”, afirma ele. 
A tendência da Compra Compartilhada é a constante novidade no ramo de negócios e com certeza já mostrou que ela veio para ficar. Está bem claro que ela pode extrapolar para outras classes sociais e todo o resto só depende do que o empreendedor quer, já que as possibilidades são gigantescas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cabeça Dinossauro

Capa do LP “Cabeça Dinossauro” baseada
em um esboço do pintor italiano Leonardo
Da Vinci, intitulado 
“A expressão de um homem urrando”.
Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em junho de 1986.
O álbum, além de marcar o início da parceria com o produtor musical Liminha, também levou a banda a ganhar o primeiro disco de ouro em dezembro do mesmo ano.
No ano anterior, a banda passou pelo sucesso modesto de seu segundo álbum Televisão, que teve como principais hits “Insensível” e “Televisão”. Além disso, a prisão do vocal Arnaldo Antunes e do guitarrista Tony Bellotto por porte de heroína acarretou em um período difícil
para a banda, mas isso apenas deu um impulso e fez o grupo querer buscar uma nova unidade sonora - mais pesada - influenciando claramente na mudança estética no seu terceiro LP. Porém, mesmo que tenha tido como base o punk rock, o disco apresenta ainda intervenções do reggae como na música “Família”; do funk como em “O Quê?”, “Bichos Escrotos” e “Estado Violência”; e até mesmo um cerimonial dos
índios do Xingu na faixa-título “Cabeça Dinossauro”.
Nas composições, as críticas ácidas variam em torno de muitas vertentes da sociedade e são bem localizadas principalmente por estarem claramente expostas nos títulos como em “Polícia”, “Igreja”, “Dívidas” - que aponta os tributos abusivos pagos pela sociedade - e “Homem Primata” que tem como principal alvo o estado capitalista.
Com esse terceiro álbum, os Titãs traduziram pela primeira vez no vinil o que o público presenciava ao vivo e puderam resgatar a faixa “Bichos Escrotos” que tocavam desde 1982, mas que só pode ser gravada quatro anos depois, já que a censura proibiu o hit nas rádios por causa do verso “vão se f*der”.
Logo na estreia, a banda sentiu como o álbum causou impacto quando o público cantou todas as músicas, considerando que era uma época em que as rádios ainda se recusavam a tocar o repertório ousado do disco.
Foi só depois de garantir o primeiro disco de ouro que as emissoras se renderam. Além de tocar 11 das 13 faixas do álbum (com exceção de “A Face do Destruidor” e “Dívidas”), algumas rádios se davam ao luxo de pagar multa para tocar a vetada “Bichos Escrotos”.
E em 1997, a famosa e respeitada revista Bizz elegeu o disco Cabeça Dinossauro como o melhor álbum de poprock nacional antes mesmo de a banda dar um salto comercial ainda maior com o CD Acústico MTV lançado no mesmo ano e dedicado aos Mamonas Assassinas.
Por fim, o disco ficou no topo das principais listas dos melhores do ano e até hoje é apontado como um dos mais importantes da história do rock brasileiro.