Duas horas e meia em pé, numa fila consideravelmente grande com a companhia de um frio camuflado pelo sol foi o que muita gente enfrentou neste domingo, 17 de junho, no Centro Cultural Banco do Brasil na Sé em São Paulo. O centro da cidade paulistana foi tomado pelas mais diferentes tribos, idades e gostos para participarem do último dia da mostra “O Mundo Mágico de Escher”. A exposição entrou em cartaz dia 19 de abril de 2011 trazendo parte de um raro acervo de mais de 400 obras do Museu Haags Gemeente que abriga o Museu Escher na cidade de Den Haag, na Holanda.
"Drawing Hands" (1948) |
O artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898 – 1972) ficou conhecido pela arte que explorava efeitos óticos e de espelhamento. 95 de suas obras foram trazidas para o Brasil, incluindo gravuras originais, desenhos, rascunhos e os trabalhos mais conhecidos do artista como o “Drawing Hands”.
O curador da exposição, Pieter Tjabbes, foi até o museu na Holanda para selecionar os trabalhos mais significativos seguindo uma ordem cronológica que vai desde 1919 a 1960. Pieter afirma que essa foi uma oportunidade única para os brasileiros conhecerem as obras originais desse artista gráfico já que elas não poderão ser emprestadas de novo para qualquer outra exposição por quatro anos. “Pela regra internacional, quando obras ficam expostas durante muito tempo, sofrem incidências de luz e podem perder intensidade de cores e por isso devem ser preservadas com maior cuidado nos anos seguintes”, explica.
Sky and Water |
O curador Pieter afirmou que era justamente esse o objetivo do artista com seu trabalho. Ao criar construções impossíveis, preenchimentos regulares do plano, explorações do infinito e a metamorfose das figuras, queria que as pessoas parassem realmente para contemplar a obra e se questionasse: Será que é isso mesmo que estou vendo? E tentar, em vão, procurar por uma explicação cabível.
Os que aguardavam na fila esperavam ao som de um DJ que tocou diversas músicas nos mais diferentes ritmos. Um saxofonista os visitavam de vez em quando para animar os visitantes. Portanto, atrações não faltaram desde a saída da Av. Consolação com vans particulares do evento guiadas por motoristas muito bem humorados deixando as pessoas na porta do Centro Cultural, até a saída do local depois de conhecer outros interessados no mesmo assunto dispostos a refletir sobre o trabalho visto. E como diria o engraxate, nova sensação do Youtube: “Quem gosta, gosta, quem não gosta, curte.”
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