sexta-feira, 2 de julho de 2010

A sua passagem é só de Ida?

Esse não é mais um daqueles posts clássicos de mudanças repentinas e surtos de evolução interna que muitos fazem, mas que poucos praticam. Esse é um post relatando resultado de mudanças. Mudanças que já foram feitas e que continuam se concretizando cada vez mais e com mais intensidade, pois eu não consigo realmente mais me contentar com pouco; com o sorrisinho meia boca ao ar de bem mal dado; telefonemas com um olho na TV e o outro no relógio; com mensagens entrando no nível de obrigação; acordar achando que vai ser tudo igual; dormir tendo a certeza de que nada mudou; xavequinhos baratos que nem a vó cai mais; com cor de esmalte rosinha básico; com o vestido pretinho mais básico ainda; com a entrada e saída de pessoas no meu coração como se fosse um metrô às seis da manhã e com o copo quase cheio. Eu quero ele TRANSBORDANDO.

E o que falta pra tudo isso?
E O QUE falta pra tudo isso??

Nada!

Porque eu já criei vergonha na cara e comecei a selecionar melhor quem tem direito a uma passagem de ida no meu subway. E se eu me encher, ganha de brinde uma passagem de volta, sem direito a reclamações.

Não. Isso não é ser chata. É apenas reconhecer que já fui muito boazinha, por um bom tempinho - que eu acho que foi demais até.
Podem dizer que depois do meu último ano - com todas as minhas mudanças externas - eu passei a ser mais metida ou qualquer coisa do tipo. Mas eu sei, no fundo da minha alma, que não é por isso. Eu simplesmente vi com mais clareza quem está realmente comigo, quem quer conhecer o meu interior só depois que eu mudei meu exterior, os que me tratavam bem só até o momento em que eu não era vista por outros.. Entre tantos outros "quem".

Portanto, depois de um semestre me acostumando a um novo corpo, a novos olhares, a novas pessoas e situações, acredito que já estou preparada para dividir quem merece ou não o meu Bom Dia. E sim.. Consigo contá-las nos dedos.

Agora vou deitar minha cabeça no travesseiro e não terei peso nenhum na consciência por dizer e e continuar fazendo o que escrevi.
Em outro post futuro, explicitarei tudo, tudo mesmo, o que passei antes de eu ser o que sou agora. E quem sabe, dessa forma, consigam se colocar um segundo sequer no meu lugar  e reconhecer que não estou errada.

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