Em mais um ano de sucesso gradativo, a Bienal Internacional do Livro chega a São Paulo em sua 21ª edição não sendo necessários números estatísticos para o próprio público perceber que a cada evento, quantidade de visitantes bate o recorde.
A primeira Feira Popular do Livro foi realizada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) em 1951 na Praça da República na tentativa de implantar no país o costume europeu de feiras de livros francesas, alemãs e italianas. Na década seguinte, a parceria com o Museu de Arte de São Paulo proporcionou a realização da primeira Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas. Porém, a 1ª Bienal Internacional do Livro bancada somente pela CBL ocorreu em 1970 reunindo algumas centenas de editoras nacionais e estrangeiras, e na segunda edição, em 1972, o total de visitantes atingiu os 80 mil e os de expositores ultrapassou os 700.
Foi só em 2006 que ela chegou ao Anhembi (maior centro de exposições da América Latina) e recebeu em dez dias 811 mil visitantes e 320 editoras lançando 3 mil livros. Este ano, a Bienal espera reunir 350 expositores do Brasil e de fora que representam mais de 900 selos editoriais.
O Espaço Gourmet é uma novidade com a temática de cozinhar com palavras. Importantes chefs de cozinha que já publicaram livros apresentam aulas práticas e dinâmicas em cozinhas cenográficas, além de criarem debates sobre o tema.
O Salão de Ideias já é um espaço tradicional na Bienal, mas nessa edição recebeu uma atenção especial na construção sendo ampliada para receber quatro mesas por dia, nas quais escritores poderão discutir temas diversos com uma platéia de aproximadamente 200 pessoas.
O IPL (Instituto Pró Livro) oferece um ambiente enorme em formato de livros no qual os visitantes se sentirão pequeninos ao entrar nas grandes páginas da atração. A proposta de “O Livro é uma Viagem - A História de um livro com todas as histórias” é oferecer à criança e ao adolescente uma viagem pelo universo da literatura. Os personagens de famosas fábulas estimulam novas sensações através de imagens e experiências reais apresentando a história da língua portuguesa, as maiores obras já produzidas e ainda os países onde as crianças falam, leem e escrevem em português ao redor do mundo. Para o IPL, os veículos da língua devem explorar todas as opções, seja ela a tecnologia, o teatro ou até os famosos videogames para aumentar cada vez mais o número de leitores.
Dessa forma, o terceiro maior evento literário do mundo está estimulando cada vez mais não só a paixão da garotada por um bom livro, mas também o reencontro dos adultos com seus mundinhos particulares muitas vezes esquecidos em meio à agendas e recibos.